O Baby Blues é um assunto que tem se falado muito nos últimos anos, e é importantíssimo que as pessoas entendam e respeitem essa condição pois foi comprovado que afeta de 80 a 90% das mulheres de 1 a 3 dias após o parto.
Primeiro, é importante ressaltar que o baby blues e depressão pós parto são coisas completamente diferentes. Enquanto o primeiro é um quadro emocional, transitório e que não necessita acompanhamento médico, o segundo é marcado por uma tristeza e angústia mais profunda, persistente e que necessita acompanhamento próximo.
Segundo, é importante que tanto a mãe quanto as pessoas que a cercam, entendam que esta reação está longe de ser uma frescura ou fraqueza, e sim um comportamento involuntário.
A verdade é que nos preparamos para a chegada do bebê, cuidando do quartinho, enxoval e não nos preparamos para a avalanche de desafios que nos aguardam.
Os sintomas mais comuns que podem aparecer são:
- tristeza e choro repentino;
- ansiedade;
- mudança de humor e irritabilidade;
- falta de concentração e
- perda do sono
Da mesma maneira inesperada que vem, o baby blues também se dissipa sozinho, em geral depois de 15 ou 20 dias. Além de esperar e ter paciência, a mãe precisa contar com o apoio prático da família.
Os principais fatores podem causar o baby blues são:
- cansaço devido a privação do sono e preocupação constante como a saúde do bebê
- ansiedade que é gerada pela responsabilidade de cuidar de um bebê, em dar conta, amamentar, em ser a mãe perfeita…
- auto-estima que muitas vezes fica abalada pela mudança no corpo
- a forma como enxerga a relação com o parceiro
Os hormônios também influenciam em como a mãe se sente, uma vez que durante a gestação a grávida produz muito estradiol e após o parto, a queda da substância no organismo facilita sentimentos como tristeza e ansiedade.
Durante esse período é essencial que a mãe separe alguns momentos para cuidar de si, e para isso precisa contar com uma rede de apoio que a deixe tranquila para que possa nesses momentos focar nela e não apenas no bebê.
É recomendado:
- Descansar sempre que puder
- Ter uma alimentação adequada e saudável e se hidratar
- Ter um bom suporte do parceiro, família e amigos próximos
- Ter com quem conversar, falar da ansiedade e dos medos
- Ter assistência em relação à amamentação se necessário. Em alguns casos, sabemos das dificuldades que podem surgir no processo.